VIII FESTIVAL DE POESIA DE LISBOA - 2023
Promovido pela Helvetia Edições. Em moldes
diferenciados dos habituais nas edições anteriores. Uma confusão, o programa,
Teve lugar em sítios diferentes, desde a UCCLA, Biblioteca de Alcântara, e
Braço de Prata.
Para quem se viu, inadvertidamente,
apeada, e forçada a recorrer aos transportes públicos, é inimaginável o(s)
transtorno(s) provocado(s).
Desabituei-me a não perder tempo com
esperas irritantes, com o escutar, mesmo que se não queira, as conversas, laruças
e agressividades das pessoas, que, normalmente, os frequentam, exasperando os
outros, e condicionando a humores esquecidos os mais calmos e cordatos, que só
pretendem evitar mais contratempos, que os forçosos, em circunstâncias
semelhantes.
Inscrevi-me numa antologia - Amores
e Lembranças - que data do ano passado, que já foi
editada, e promovida em Feiras no Brasil.
Não consigo entender porque se torna tão
difícil, pelo menos para mim, efectuar transferências para o Brasil. Dirijo-me
ao(s) banco(s) duas, três, e mais vezes e há sempre qualquer quejando, que me
impede de o fazer. Os dados fornecidos estão sempre incompletos, falta,
usualmente, qualquer outro quê, para prosseguir com o processo. Canso-me e
acabo por desistir do meu intento, como aconteceu desta vez com a Helvetia. Até
nem era para pagar a minha prestação de participação; tinha a ver com a taxa de
envio pelos correios.
Alvitrei hipóteses de obviar o envio das
obras a que tenho direito, (cinco). Nada foi levado a bom termo.
Depois de vários "mailings"
trocados com as responsáveis da editora, e assentando que estaria presente no
Festival para ir buscar os exemplares, na 5ª-feira passada, 14 do corrente mês,
cheguei já tarde, e vim de volta sem ter conseguido resolver fosse o que fosse.
Este Sábado voltei à Biblioteca. Tempos
infinitos de espera. Aborreci-me solenemente. Perdi o abençoado do meu tempo,
sem qualquer proveito - (o que me exaspera tremendamente). Embora contendo-me -
(porque os outros nada têm a ver com os meus problemas) - vou interiorizando, e
o clima da minha disposição vai-se adensando para o lado negativo. Falta-me a
paciência, irrequieto-me, torno-me pouco condescendente. Começo a ver (tudo)
bastante cinzento, a descambar para a negritude.
Depois de duas pressupostas entrevistas
com uma autora portuguesa, (cheiinha de pergaminhos!), e de um autor brasileiro
- ambos taxados de "cotidianos") - os nomes e as nomenclaturas que
engendram para se fazerem valer?! - dirigi-me à Janini Rosa para lhe questionar
sobre as obras que me deviam ser entregues. Que nada! "Oi,
quêrida: Ando numa vida!..." (Mais uma vez este rosário) -"Vou
dar ordem à editora cá para lhe mandarem os livros". E deu-me de
costas para ir pavonear-se para junto dos "literatas". Até a Mafalda
Veiga - de que não sou nada fã - lá estava. A juntar a tudo isto, detestei
a leitura, melhor: os poemas que leram; o último, de encerramento da
entrevista, até náuseas me deu, um asco que quase me fez voltar as tripas do
avesso - "boca cheia de lagartixas, vivas, comia-as..." Para
onde descambou a poesia...
Já expedi mais um "mailing" de
lembrete.
Vamos aguardar.
Mas... deve ser a última participação
nesta editora.
Ramada, 18 de Setembro de 2023, (09h:50')